De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no último ano, foram identificados mais de 36 mil novos casos de câncer colorretal. Este tipo de doença, por mais que não seja tão divulgada, vem acometendo cada vez mais pessoas em todo mundo.
Nos EUAs, ela é uma das principais causas de mortalidade por câncer. No Brasil, este tipo de tumor é o terceiro mais frequente em homens e o segundo em mulheres.
Especialistas acreditam que este aumento no número da patologia se deve a hábitos alimentares incorretos e sedentarismo, fatores de risco para o desenvolvimento da doença. No entanto, outros motivos podem estar associados ao surgimento deste tipo de carcinoma.
A presença de pólipos no intestino grosso, que são um tipo de verruga bem pequena, aumenta a possibilidade de uma pessoa apresentar este tipo de doença. Por isso, a detecção precoce destas lesões pode aumentar as chances de cura do paciente.
Por isso, no post de hoje, vamos falar sobre o tratamento precoce do câncer colorretal e de como este procedimento pode salvar vidas. Não deixe de acompanhar!
Como é feito o tratamento precoce do câncer colorretal?
A melhor forma de se prevenir do câncer colorretal é a partir do tratamento precoce. Mas o que seria este tipo de tratamento?
Esta medida terapêutica consiste no rastreamento, detecção e retirada de pólipos no intestino. Já que estas pequenas verrugas localizadas na região do cólon podem se transformar em um carcinoma intestinal. Retirá-las é uma maneira evitar o surgimento deste tipo de câncer.
Este processo de rastreamento deve ser feito de forma periódica, principalmente em pacientes acima de 45 anos e com histórico familiar que apresenta a incidência de pólipos e câncer de intestino.
Um pólipo no intestino pode levar de 10 a 15 anos para virar um câncer. Por isso, é absolutamente possível, com investigação periódica, que se a identifiquem essas pequenas protuberâncias para que elas possam ser retiradas antes de correrem o risco de virarem um tumor maligno.
O tratamento precoce também envolve o rastreamento de cânceres em estágios iniciais. Se descobertos antes de comprometerem grandes partes do intestino grosso, há maiores chances de sucesso no seu tratamento e, consequentemente, na sua cura.
Se um tumor colorretal é descoberto quando ele ainda é bem pequeno é possível a realização de cirurgia para a sua retirada. Muitos casos de câncer na região que foram retirados no seu início não apresentaram reincidência.
No entanto, estes casos devem ser periodicamente acompanhados para que se observe atentamente se não houve o desenvolvimento de novos pólipos ou tumores na região.
Quando ainda bem pequenos, os tumores malignos intestinais podem ser retirados durante a colonoscopia, que é um exame que detecta a presença de problemas no interior do intestino grosso. O tratamento desta fase inicial da doença pode envolver ainda a necessidade de realização de quimioterapia e radioterapia.
Por isso, se você tem acima de 45 anos e histórico familiar de pólipo ou câncer colorretal na família, não deixe de procurar por um médico para fazer exames de rastreamento. Eles podem salvar vidas.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo em São Paulo!
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