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Fígado gorduroso: sintomas e tratamento


Você conhece alguém que foi diagnosticado com fígado gorduroso? Trata-se da disfunção hepática mais comum no mundo inteiro! No Brasil, a doença afeta três a cada dez pessoas. Caracteriza-se pelo acúmulo de lipídios (gordura) nas células do fígado. Se não tratada adequadamente, pode comprometer o funcionamento do órgão e acarretar complicações graves, como cirrose e câncer.


O que causa?

Fígado gorduroso é uma condição que surge, basicamente, a partir de dois fatores. O primeiro deles é o consumo excessivo e crônico de bebidas alcoólicas. O álcool diminui a atividade do hormônio responsável pelo transporte e pela oxidação de lipídios. Dessa forma, o que iria para a corrente sanguínea acumula-se no fígado!

A cerveja de sexta-feira à noite também impacta no trabalho das moléculas que estimulam a quebra de glicose e a oxidação de ácidos graxos. Eis o cenário perfeito para desestabilizar o funcionamento hepático!

Entretanto, muitas pessoas têm a enfermidade e nunca beberam uma gota de álcool. Por que isso ocorre? Nestes casos, o paciente é portador da Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA). Nesse tipo, os fatores de risco podem estar relacionados à obesidade, ao aumento do colesterol, triglicérides e/ou glicose, à hipertensão arterial, ao efeito de alguns medicamentos (amiodarona, corticosteroídes, estrógenos, tamoxifeno).

Outras patologias também podem associar-se à DHGNA, como hipotireoidismo, síndrome dos ovários policístico, hepatite C, hipogonadismo e lipodistrofia.


Sintomas de fígado gorduroso

Estamos falando de uma doença silenciosa, que raramente apresenta sinais ou sintomas que a denuncie. Geralmente, o paciente identifica o problema através de uma ultrassonografia de abdômen realizada como parte de seus exames clínicos de rotina ou periódicos.

Conforme a esteatose – outro nome usado para designar o distúrbio – avança, o quadro evolui para esteatoepatite (inflamação, morte celular e fibrose), podendo progredir para cirrose e para câncer de fígado. O processo é longo, dura anos e até mesmo décadas, por isso é importante atentar-se aos problemas de saúde e aos mínimos indícios que sinalizam que algo está errado.

Estas são as dez principais mudanças que podem ocorrer no organismo doente: fadiga, perda ou ganho de peso, icterícia, urina escura e fezes esbranquiçadas ou cinzas, dor abdominal, perda muscular, mudanças na pele, abdômen aumentado, alterações da coagulação, náusea e vômito.


Tratamento

A avaliação diagnóstica determinará em que fase da doença a pessoa se encontra e quais fatores de risco estão envolvidos. O tratamento poderá envolver:

Suspensão ou adequação de medicamentos.Acompanhamento de outras doenças que podem estar associadas ao problema. No caso de síndrome dos ovários policístico, por exemplo, é importante envolver a opinião do ginecologista.Controle dos quadros de obesidade, diabetes, hipertensão arterial e dislipidemia, com remédios específicos.Atenção às alterações cardiovasculares, causa importante de mortalidade de pacientes com DHGNA. Alimentação equilibrada e orientada por especialista.Atividade física regular – para aqueles sem limitações, o plano engloba exercícios aeróbicos por 30 minutos, pelo menos cinco vezes por semana, associados à musculação, duas vezes por semana.


E depois?

O prognóstico poderá ser bom e, controlados os fatores causadores da doença, a esteatose poderá permanecer estável em até 80% dos pacientes. Em cerca de 20% dos casos, a situação clínica poderá evoluir, progredindo para cirrose e carninoma hepatocelular. Quando o assunto é fígado gorduroso, é importante: diagnóstico precoce indicado para as pessoas de maior risco e seguir corretamente as condutas e tratamentos indicados pelo médico.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto.

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