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Doença celíaca e genética: entenda a relação


A doença celíaca é uma reação imunológica intestinal decorrente da intolerância ao glúten. Em linhas gerais, ocorre uma grande inflamação no organismo, causada pela reação do intestino. Essa doença é autoimune, ou seja, as próprias células do corpo começam a se agredir.


Predisposição genética

A doença possui uma base genética e, em geral, não há medidas específicas de prevenção. Se você descobre que é portador da doença celíaca, é importante que sua família realize o aconselhamento genético.

Esse procedimento é uma avaliação feita por um profissional ou equipe especializada em Genética Clínica, para identificar possíveis condições hereditárias que afetam o organismo e que podem causar problemas em gerações futuras.

A maioria dos profissionais recomendam o rastreamento genético em familiares de primeiro grau de pacientes portadores de doença celíaca, mesmo se assintomáticos.


Sintomas

Embora que algumas pessoas com doença celíaca não apresentam sintomas ao diagnóstico, os principais sintomas relatados pelos pacientes ou comprovados são: distensão do abdômen, fraqueza, dor abdominal, diarreia, flatulência, perda ou dificuldade para ganhar peso, lesões de pele, queda frequente de cabelo, diminuição do apetite, anemia e déficit de crescimento em crianças.


Consequências

A doença celíaca causa uma atrofia na mucosa do intestino (pode ser comparado com uma rinite na mucosa nasal) e provoca dificuldade do organismo de absorver nutrientes dos alimentos, vitaminas, sais minerais e água.


Onde é encontrado o glúten?

O glúten é uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados, como massas, pizzas, bolos, pães, biscoitos, cerveja, uísque, vodca e alguns doces.


Como diagnosticar?

Geralmente a doença celíaca se manifesta em crianças com até um ano de idade, a partir da ingestão de alimentos com glúten e/ou derivados. O diagnóstico tardio acarreta deficiências no desenvolvimento da criança. Em alguns casos, a doença celíaca se manifesta apenas na fase adulta, dependendo do grau de intolerância ao glúten, afetando homens e mulheres.

Principais formas de diagnóstico:

Exames de sangue: são utilizadas dosagens de anticorpos específicos para a doença.Biópsia do intestino delgado: a biópsia é realizada durante exame de endoscopia. O médico observará se há alguma atrofia da mucosa do intestino e aumento no número de células inflamatórias no intestino do paciente.


Tratamento

O tratamento da doença é feito durante toda a vida do paciente, já que a doença celíaca não tem cura. A principal forma de realizá-lo é a dieta com total ausência de glúten, porque os sintomas desaparecem ao excluir a proteína. Muitos pacientes relatam que a maior dificuldade é conviver com as restrições impostas.


Atenção redobrada

Os celíacos podem de desenvolver câncer de intestino e ter problemas de infertilidade. Os pacientes devem ter conhecimentos quanto à contaminação cruzada na preparação ou produção de alimentos e, até mesmo, medicamentos.Nos primeiros meses do diagnóstico, deve-se evitar ingestão concomitante de leite e derivados, porque pode-se desenvolver uma intolerância à lactose secundária.Os celíacos precisam ler rótulos de todos os produtos.

A avaliação de um profissional especializado irá auxiliar na mudança de hábitos alimentares e na qualidade de vida do paciente.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto.

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